Estudo Revela Demanda Crescente Por Inovação E Ética Na Produção De Ovos No Brasil

Uma nova pesquisa aponta que os consumidores brasileiros estão atentos às práticas da indústria alimentar e demonstram forte apoio à adoção de novas tecnologias que eliminam práticas ultrapassadas.

O estudo, realizado com 1.553 consumidores, revela que a maioria estaria disposta a pagar mais por ovos produzidos com a tecnologia de sexagem in-ovo, que evita o descarte de pintinhos machos — uma prática comum na cadeia de produção.

Atualmente, cerca de 100 milhões de pintinhos machos são descartados anualmente pela indústria de postura no Brasil, por não serem economicamente viáveis para a produção de carne ou ovos.

A prática levanta debates sobre bem-estar animal, sustentabilidade e eficiência produtiva.

Em resposta a esse cenário, tecnologias como a sexagem in-ovo vêm ganhando espaço em países da Europa e nos Estados Unidos, e agora estão prontas para chegar ao Brasil.

A sexagem in-ovo permite identificar o sexo do embrião ainda durante a incubação.

Com isso, ovos com embriões machos podem ser redirecionados para outros usos industriais antes mesmo da eclosão, eliminando a necessidade de descarte de animais vivos e otimizando o uso de recursos na produção.

Os dados da pesquisa revelam uma tendência clara entre os consumidores brasileiros:

73% sentiram desconforto com o atual descarte de pintinhos machos;

79% dos compradores interessados interesse em adquirir ovos produzidos com a nova tecnologia;

76% afirmaram estar dispostos a pagar um valor adicional por esses produtos;

Em média, os consumidores indicaram que aceitariam pagar R$ 3,87 a mais por dúzia.

Além de impacto social e ambiental, a tecnologia abre espaço para inovação em toda a cadeia de produção. A sexagem in-ovo viabiliza, por exemplo, o uso de outras tecnologias de pré-eclosão, como vacinação e alimentação dentro do ovo, práticas comuns na produção de frangos de corte, mas até então inviáveis para a cadeia de postura.

A aplicação da tecnologia na Europa já atinge 20% do mercado, com cerca de 78,4 milhões de galinhas poedeiras sexadas no ovo, segundo o Relatório de Penetração de Mercado da Innovate Animal Ag — think tank norte-americano responsável pelo levantamento. O relatório estima um crescimento contínuo da adoção da técnica em mercados internacionais e aponta o Brasil como próximo candidato a integrar essa transformação.

Para Robert Yaman, CEO da Innovate Animal Ag, os resultados da pesquisa evidenciam um movimento de mercado: “Os consumidores brasileiros se ofereceram liberados com a sexagem in-ovo.

A pesquisa revela uma oportunidade real para produtores que desejam se alinhar às novas demandas de consumo com soluções tecnológicas acessíveis e mais éticas.”

O relatório completo da pesquisa está disponível para veiculação exclusiva mediante solicitação.

A Innovate Animal Ag também está disponível para entrevistas e pode intermediar o contato com empresas envolvidas no desenvolvimento e aplicação da tecnologia no Brasil.

Sobre a Innovate Animal Ag

A Innovate Animal Ag é um think tank sem fins lucrativos que acelera a adoção de tecnologias transformadoras na agricultura animal.

Ela trabalha em colaboração com as partes interessadas em toda a cadeia de suprimentos agrícolas para promover a inovação que melhora a eficiência da produção, ao mesmo tempo em que promove a saúde e o bem-estar animal.


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